quarta-feira, 14 de março de 2012

quinta-feira, 8 de março de 2012




Autor:  Heinrich Böll       
O escritor alemão Heinrich Böll nasceu em 1917, na cidade de Colónia, e morreu em 1985. Foi aprendiz de livreiro e estudou na Universidade de Colónia, época em que escreveu o seu primeiro romance. Em 1939 é incorporado no exército de Wehrmacht e, em 1945, feito prisioneiro pelos americanos, ficando cerca de 5 meses num campo. Dois anos mais tarde dedica-se por completo à escrita. Entre vários prémios literários, recebeu o prémio Nobel da Literatura em 1972. Na sua obra é visível a preocupação social e política, cujo contexto recorrente é o pós-guerra.

OUTRAS OBRAS DO AUTOR

Trata-se de um romance-crónica sobre as condições de vida péssimas dos alemães que voltaram da guerra de 1939-1945 sem nada, nem uma pátria, e igualmente sobre o «milagre» da reconstrução alemã, em que começam a triunfar o egoísmo e a cupidez, a ânsia de vencer a todo o custo, no meio dos escombros de Colónia. (…) O soldado Hans chega da guerra destruído por dentro e, entre escombros, miséria, horror e desespero, encontra uma mulher e sobrevive. Quase não há aqui homens, há apenas fantasmas de homens esmagados pela guerra. Hans foi nazi por acaso. Já não é gente. Nem sequer remorsos tem. Hans, Regina, Fisher, a Senhora Gompert, são bonecos de dor e sobrevivências. O anjo de pedra, entre eles, imóvel, mudo, parece emitir mensagens, sorrisos, mágoa. Em Hans sobrevive a fé. No final do enterro da senhora Gompert, o anjo vai-se enterrando na lama onde caiu. Um belo, angustiante romance.
 Urbano Tavares Rodrigues